Tuesday, April 29, 2008
Transtornos mentais e comportamentais
Principais problemas
Os principais sofrimentos psíquicos estão ligados a ansiedade, insônia, angústia, desânimo, choro fácil, insegurança excessiva, tensão, estresse, depressão, síndrome do pânico e síndrome de burnout (o esgotamento físico e emocional).
Origens: Podem ser desde situações pontuais (caso do estresse, que é a reação a uma situação inesperada) até fatores multideterminados. Há questões centrais como falhas na formação inicial, ausência da continuada, o excesso de tempo em sala e falta para o planejamento ou descanso e lazer, a desvalorização social, a violência, a difícil relação com os alunos e a dificuldade de retomar a autoridade em sala, a ausência de apoio institucional (tanto do lado da gestão do trabalho quanto da infra-estrutura), de apoio entre os pares e das famílias dos alunos.
Prevenção
1. O que as redes podem fazer Avaliar os motivos que levam aos adoecimentos.
Qualificar o trabalho dos diretores e coordenadores pedagógicos.
Investir em formação continuada de qualidade.
Oferecer escolas com boa infra-estrutura básica (iluminação, temperatura e acústica adequadas, materiais pedagógicos), além de segurança preventiva.
Em conjunto com os atores educacionais, elaborar um currículo que dê norte ao trabalho em sala.
Valorizar formalmente o professor (por exemplo, com salários compatíveis ao que se espera dele, o que pode evitar que ele assuma outros turnos e empregos).
2. O que as escolas podem fazer Fortalecer uma gestão democrática que favoreça as relações interpessoais.
Qualificar o tempo do trabalho em equipe.
Participar da gestão do aprendizado. Diretores e coordenadores ser co-responsáveis pelos resultados educacionais.
Aproximar a família da escola.
Participar da construção do currículo da rede.
Desenvolver um trabalho sistemático que discuta princípios, valores e regras para melhorar o relacionamento entre professores e alunos e entre todos na equipe escolar.
Avaliar constantemente as condições de trabalho da equipe e acompanhar os casos de adoecimento.
3. O que você, professor, pode fazer Aposte em qualificação continuada para ficar melhor preparado diante das adversidades e também para ter maior segurança em sala de aula.
Participe da construção do currículo da rede ou da escola, assim como do projeto político pedagógico.
Aproxime a família da escola.
Trabalhe uma melhor convivência com os alunos, com apoio da escola.
Exija melhores condições de trabalho.
Pratique exercícios físicos, crie e respeite horários de descanso e lazer para uma melhor qualidade de vida.
Questione e tentar entender os problemas que o atingem e aprenda a lidar melhor com as dificuldades, sobretudo por meio das relações interpessoais e do trabalho em equipe.
Busque ajuda psicológica se necessário.
Tratamentos: Depende do problema e do grau de desgaste. Os mais comuns são com psicoterapia e medicação temporária.
Fonte:Revista Nova Escola-Foto: Professora com microfone, cuidando da voz.